O Deus egocêntrico que virou um herói. A batalha para conseguir a paz entre os reinos. Um passado que influenciará o presente e um amor para superar qualquer obstáculo. Apaixonar-se por um Deus deve ser bem complicado não só pela distância, mas pela responsabilidade que ele tem com seu universo? Ao menos teria um motivo a mais para olhar para o céu e sonhar com sua grande paixão. Um herói, um Deus e o salvador da Terra algumas vezes. Depois de Nova York, ele está de volta, mas desta vez, para enfrentar um inimigo de seu Reino e de quebra, salvará o planeta que ele tanto ama. “Thor: O mundo sombrio” estreou no Brasil no dia 1º de novembro, atraindo os fãs do herói nos cinemas e ultrapassando a arrecadação anterior.
Nesta sequência, Thor (Chris Hemsworth) lidera as últimas batalhas em busca de paz para os Nove Reinos. Enquanto esta luta acontece, o maior inimigo de seu reino acorda de um longo sono. O elfo negro Malekith (Christopher Ecckeston) está louco por vingança e procura por um poder que trará a escuridão eterna. Advinhem quem estará com este poder? A atrapalhada e inteligente Dra. Jane Foster (Natalie Portman), a amada de Thor, se deparou com um poder incrontrolável e que a levará a seus limites humanos. Para proteger seus mundos e seu amor, o Deus terá que confiar em seu irmão traiçoeiro Loki (Tom Hiddleston) e seus amigos e companheiros de batalhas Volstagg (Ray Stevenson) e Sif (Jaimie Alexander). Em uma luta que viaja pelos universos, Thor enfrentará seu maior inimigo para salvar a Terra, seu mundo e fazer com que Foster sobreviva a este poder maligno.
Para quem assistiu o primeiro, notará a diferença de produção e o roteiro criado para o novo filme. Com uma estrutura muito mais ficcional, a ação acontece em diversos momentos e a tensão está presente na vida dos personagens, mas sendo aliviada pelas situações cômicas do professor e em principal, do nosso vilão preferido Loki. Tem certos personagens que não imaginamos outro ator interpretando-o e com certeza este é um dos casos. Tanto conquistou o público, que ele aparece em diversos filmes, inclusive como o vilão de “Os Vingadores”. Os fãs pedem por um filme individual de Loki de tanato que gostam deste herói-vilão.
A continuação de Thor é muito melhor que a anterior, por ter um roteiro mais completo, estruturado e mostrando mais do que o herói salvando o mundo, trazendo complicações em todas as áreas da vida dele. Além disso, teve um amadurecimento de personagem conquistado nos filmes anteriores, em que ele demonstra se importar mais do que com ele próprio. Os objetivos mudaram e seus sentimentos são reais, em um amor proibido, ele seria capaz de fazer tudo para salvá-la, mas sem esquecer-se das outras pessoas envolvidas.
Para ser um bom filme são necessários vários fatores complementando um ao outro, como o caso de uma boa edição. Nesta sequência, a montagem seguiu o ritmo do bom roteiro, trazendo momentos lentos mesclados com as ações dos personagens e com acontecimentos mais rápidos para não deixá-lo cansativo. Tudo para o público entrar na história e querer finalizá-la junto ao herói. Outro fator essencial para um filme deste porte são os efeitos visuais para trazer credibilidade ao roteiro criado. Não adianta trazer efeitos medianos se tudo acontece em outros mundos. O público precisa acreditar naquilo que está vendo, mesmo que não seja real.
Por este motivo, os próprios atores precisam acreditar naquilo e compreender seus personagens como ninguém. No caso do protagonista Thor, Hemsworth o interpretou pela terceira vez, estando bem familiarizado com diversos aspectos para compô-lo no novo longa-metragem. E Portman, que interpreta a Dra. Foster, volta pela segunda vez em seu personagem. A química entre eles aumentou e a relação é transmitida ao público. Entretanto, tem dois aspectos que senti falta, cenas mais engraçadas envolvendo a desastrada doutora e mostrar o lado bom e mal da jovem, quando adquire este poder. Esta resolução foi muito rápida, para o que poderia ter se tornado um complemento nas tensões do filme. Os perigos de ela continuar com este poder e o esforço de Thor em salvá-la.
Com muita tensão, os roteiristas encontraram formas de aliviá-la, com momentos engrançados do nosso vilão preferido e um grupo formando o segundo elenco do filme, encabeçados pelo professor louco de Foster e Kat Dennings, a estagiária Darcy, ao lado de seu estagiário. Com certeza souberam tirar boas risadas do público. Sim, até a estagiária tem estagiário. Um filme bem completo que atrairá todo tipo de público. Já assistiu o trailer? Deixo abaixo para conferirem. Para aqueles que não sabem, o filme possui duas cenas extras, uma depois de alguns créditos e outra no final de todos os créditos. Então recomendo que fiquem até o final. E proponho também a descobrirem o papel de Stan Lee neste filme. Ele sempre faz uma participação especial e qual será desta vez?
Anaisa Lejambre
Jornalista – Reg. Profissional: 8112 / PR