Em que ano estamos? O que está acontecendo? 1984? 1997? 2017? 2029? A solução é correr, o máximo que puder, esconder-se em algum lugar, buscar aliados, armas mais potentes, precisamos encontrar um líder para esta revolução. Agora será a nossa oportunidade de preparar-nos por anos para vencermos esta guerra. Quem ganhará? De um lado, as máquinas superpotentes e quase impossíveis de serem destruídas e de outro, pobres mortais, humanos com sentimentos, medos e capazes de sangrar até a morte. Como vencer algo com força sobre-humana? E pior, nosso líder pode nunca mais existir.
Uma história extraordinária lançada por primeira vez em 1984 e 31 anos depois, a sua quinta sequência chega aos cinemas. “O exterminador do Futuro: Gênesis” foi criado para desconstruir tudo o que os fãs pareciam conhecer. Quem sabe fazer uma nova trilogia com objetivo de chegar perto ou superar os dois primeiros filmes. E adivinhem quem volta para este novo filme? O nosso querido Robô T-800, interpretado pelo Arnold Schwarzenegger. Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor, que desta vez foi interpretado por Jason Clarke. Ao saber que sua grande inimiga Skynet enviou um exterminador para matar sua mãe antes de seu nascimento, ele envia o seu braço direito, o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, com a intenção de proteger sua mãe. Connor avisa ao seu
soldado que nesta época encontrará uma Sarah (Emilia Clarke) totalmente perdida e sem estar preparada para luta. Entretanto, ao chegar Reese se surpreende que a mulher que deveria ser salva tem um outro protetor, o exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protege-la quando ainda era criança. Sim, a história aos poucos começa a ser mudada e a construir outro futuro, que ainda poderá ser dominado pelas máquinas, mas a guerra terá outra motivação. Quando eu e minhas irmãs fomos assistir ao novo filme, estávamos ansiosas e com grandes expectativas. Quando éramos crianças, assistimos aos dois primeiros filmes diversas vezes com nosso pai. Ele que nos viciou nesta saga futurística e incrível. Tínhamos a esperança que este filme realmente fosse bom, ao voltar com seu mais fiel exterminador e superasse a terceira e quarta sequência que deixou muito a desejar.
O que posso dizer? É que superou. Ao menos, ao meu ver, este deveria ter sido o terceiro filme. Com muita ação e detalhes perfeitos que nos fazem viajar novamente ao primeiro filme da sequência, ele traz uma mistura do primeiro e segundo filme de forma incrível. Os roteiristas Laeta Kalogridis e Patrick Lussier recriam uma sequência totalmente baseada no primeiro filme, inserindo modificações que afetariam todos os nossos conhecimentos sobre a saga. Durante o longa-metragem, eles procuraram explicar cada momento, sem deixá-lo de forma maçante e cansativa. Estas mesmas explicações são necessárias para a construção da linha cronológica e o início da guerra contra as máquinas. Kalogridis afirma que a principal inspiração do filme foi “De volta para o Futuro 2”, em que Marty McFly visita um mundo alternativo de 1985. E parece que funcionou. Para os fãs, é recomendado assistir novamente ao primeiro filme, para relembrar detalhes que estão na nova sequência.
A figurinista Susan Matheson se superou ao conseguir os mesmos tênis Nike Vandal que Kyle Reese usa no primeiro longa-metragem de 1984. Depois de uma pesquisa cansativa e percorrer inúmeras lojas, ela encontrou o tênis de segunda mão. Susan entrou em contato com a própria Nike para que produzisse os mesmos tênis, porém, a empresa queria que ela projetasse uma nova identidade com uma base Air-Force. Ela recusou, porque não queria enganar aos fãs da saga. Depois de muita persistência e a intervenção da Paramount, a Nike concordou em fabricar 25 pares de Vandals, exclusivamente para este filme.
Cada detalhe, cena e momento foram construídos com o objetivo de cativar os fãs da série. E quem sabe, tirar aquela impressão negativa que o terceiro e o quarto filme deixaram na história do cinema. Mas o mais incrível, acredito que para todos, foi a volta do nosso eterno e querido exterminador. Eu tenho certeza que se meu pai fosse vivo, ele teria aprovado este filme. E como o próximo domingo será dia dos pais, resolvi escrever sobre diversos filmes durante a semana, em que meu pai adorava e nos fez gostar durante a infância, adolescência ou vida adulta. Uma pequena viagem pela sétima arte e vocês serão os convidados de honra.
Anaisa Lejambre
Jornalista – Reg. Profissional: 8112/PR
Anaisa, continue escrevendo… Você faz magia com as palavras! Adoooro suas publicações!
Muito obrigada… 😉 Adoro escrever. E espero escrever com uma certa frequência este semestre.